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Devocionais

#011 – Devocional: Lágrimas e rosas

Christiane Gallego outubro 13, 2023 172


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E, com a alma amargurada, chorou muito e orou ao Senhor.

1 Samuel 1:10

“Bipt, bopt, bum!” Como seria bom se a bagunça em nossas vidas pudesse ser organizada por qualquer fada madrinha de desenhos infantis, que aparece no momento oportuno, seca nossas lágrimas, gira sua varinha de condão e tudo se transforma num passe de mágicas.

Mas na realidade nada é assim! Nos sugerem levantar e tomar uma atitude, mas muitas vezes mesmo em pé, mesmo olhando por outro ângulo, há tanta desordem que não sabemos por onde começar.

Em sua dor, a única companhia de Ana era o Senhor.

Naquela época a esterilidade era considerada uma desgraça. Neste ponto, não importam as palavras doces de Elcana. Neste ponto houvesse o rugir do leão que anda a derredor através das palavras de Penina desdenhando de sua condição. Olhar-se no espelho e sentir-se incompleta era o mundo de Ana.

Hoje, a medicina nomeia como disforia sensível à rejeição, o padrão de reações intensas a qualquer atitude de outra pessoa que possa ser interpretada como rejeição ou crítica, mesmo quando a intenção real é oposta a isso. Pense em Ana ouvindo Elcana lhe perguntar sobre o motivo pelo qual ela chorava quando foram a casa do Senhor, questionando-lhe se o seu amor não seria melhor do que 10 filhos e ela só guardando a parte da frase onde é insinuado que ela não possuía filhos?!

É isso, esse era o som das vozes que ecoavam repetidamente em seus pensamentos. 

Não é questão de não ter fé, ou de dar poder ao inimigo, mas tem a ver com como se formam nossos pensamentos e sobre a validade dos mesmos através de nossos sentimentos. Tem a ver com limites os quais o poder não está numa simples tomada de decisão.

Em Siló, após terem comido, ela se levanta e se aparta para orar, e ali sem mais tempo para qualquer ordem ritualística em seus dizeres, apresenta sua alma e dor ao Senhor sem palavras mas em choro e agonia, certamente que o Espírito Santo traduziu ao Pai a amargura de sua alma. Quando finalmente consegue conduzir a expressão de seu clamor, ela direciona sua voz e petição ao Senhor dos Exércitos. É importante sabermos quem é essa face do Senhor para que possamos compreender o peso de sua oração. Senhor dos Exércitos, vem do hebraico YAHWEH SABAOTH, que denota a onipotência de Deus entre tudo o que foi criado, ou seja, seu poder é de domínio tanto no céu quanto na terra e o exército celestial obedece sua voz. Ela está louvando a vontade de Deus como soberana e perfeita e o exaltando como aquele que cuida dos seus e não deixa impune o ímpio. Assim, é a este Senhor todo-poderoso a quem ela clama por atenção. É grande sua demonstração de humildade e reconhecimento sobre a bondade misericordiosa de Deus e por isso oferece a vida de seu filho em entrega de voto. 

Se um dia a solidão ao nosso redor for desoladora e desesperançosa como a de Ana, precisamos nos permitir chorar e assim contar com o Espírito Santo para compreender e traduzir nossa oração. Um choro verdadeiro, rendido e confesso, não um choro emocionado mas aquele que revela um coração contrito e uma alma aflita; essas lágrimas ficam registradas no livro da vida e são colhidas por Deus. 

Talvez você e eu não saibamos por onde começar, mas precisamos ter certeza que nossas lágrimas conduzem à lembrança do Senhor e isso permitirá enxergarmos o primeiro passo a ser dado.

A essa altura você está se perguntando: “Então é isso? A chave do sucesso é chorar?” Eu lhe respondo que sim, mas veja, como dito não é qualquer choro, é o de oração, é aquele de onde não havia mais forças nem para crer que se podia fazer, é uma lamentação que reconhece a nossa situação de miséria frente ao poder de Deus e total dependência do seu agir transformador. 

E quem disse que as histórias não podem ser mudadas? 

Deus é conhecedor de todas as coisas, em sua onisciência nada acontece por acaso ou por fatalidade, mas por propósito, talvez essa situação tenha sido enredada para que o seu posicionamento te leve a dependência irrestrita de Deus.

Saiba também, que nosso Pai une propósitos, assim quando abençoou Ana após seu voto Ele curou sua alma amargurada e arrematou as fibras do coração da mãe que Ana precisaria ser para Samuel, o quê através do exemplo de vida, obediência e fé de sua mãe se tornou profeta e foi espelho também para o caminhar da história entre Saul até culminar no Rei Davi em suas características mais marcantes: devoção e obediência.

Não sabe qual é o propósito da sua dor? Não tem problema Deus sabe! Entreguemos nossas lágrimas e reguemos o jardim de rosas que nosso Senhor tem para você e para mim!

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