#012 – Devocional: Testemunha Onisciente

Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e disse-lhes: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”.

Mateus 26:36

Haenim Sunim diz assim: “Dentro de cada um de nós, há uma testemunha interior que observa com tranquilidade o que acontece dentro e fora de nós. A partir de um lugar de silêncio e sabedoria, mesmo quando o mundo se agita numa tempestade de emoções, a testemunha se assenta calmamente no olho da tempestade, incólume, luminosa e onisciente (…) Você não é os seus sentimentos, nem a história que a sua mente lhe conta para que eles façam sentido. Você é o vasto silêncio que percebe os sentimentos emergindo e submergindo.” Na palavra de Sabedoria e Vida, Jesus nos diz em João 14:16 “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre conosco”, assim como Paulo diz em Romanos 8: 6-11 “porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a Vida e Paz . (…) Se habita em nós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o nosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que habita em vós.”

Jesus Cristo nos deixou seu Espírito Santo, que habita em nós e Ele nos vivifica, ou seja nos traz a sua essência que é de Sabedoria e Paz, portanto compreendemos que a Testemunha Onisciente, a saber aquela que detém todo o conhecimento do que era, do que é e do por vir, é o próprio Espírito Santo que está em nós. A palavra Sagrada ainda traz em Jeremias 17:9 “o coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável, quem é capaz de compreendê-lo”, portanto, vemos que nossos sentimentos não podem nos auxiliar e se os seguirmos, provavelmente estaremos com o nosso juízo enganado. 

Principalmente quando nossos pensamentos transitam desordenados em nossa mente, quando nossas preocupações fazem da nossa cabeça a própria imagem do trânsito nas ruas centrais indianas onde cada carro, pedestre e motociclista andam juntos e misturados de maneira frenética e desorganizada, a melhor atitude diante desse cenário opressivo, é nos distanciarmos dessa bagunça estrondosa para darmos ouvidos ao Espírito Santo. 

Temos na Bíblia pelo menos dois exemplos, em situações diferentes as quais Jesus, antes de responder algo, ou tomar uma decisão; Ele pondera, ora e então responde, como foi quando lhe perguntaram sobre o apedrejamento da mulher adúltera, como retratado em João 8:1-11, quando enquanto os escribas lhe perguntavam, Ele ficou inclinado escrevendo com o dedo na terra antes de responder; ou também, no Getsêmani, onde Ele foi com os discípulos mas se apartou para orar, como em Mateus 26:36. 

Sua atitude nos ensina como agir frente ao que se apresenta a nós, para que não sejamos contaminados com a turbulência e burburinho do redor, buscando na voz do Espírito Santo: Sabedoria e Compreensão para que antes da tomada de decisão não tenhamos atitude impensada, que nos coloque ainda mais no meio das emoções.

 Nós não podemos controlar o surgimento das emoções, mas também não devemos deixar que elas nos controlem nos tornando reféns da situação, afinal Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas que mantivéssemos o bom ânimo, a fé e a esperança nele, afinal ele venceu e nos espelhamos nele.

Sunim diz em seus livros que as emoções vêm e vão da mesma forma que apareceram, portanto não é nosso dever tentar mudar isso, ou gastar energia repreendendo-as, no entanto não podemos nos envolver com elas e para isso temos o Espírito Santo para nos auxiliar a “regular o volume” das vozes das nossas próprias emoções e preocupações para que elas sejam não mais que um plano de fundo onde a verdadeira voz que ouvimos e encontramos é a do Espírito Santo consolador, face de Deus deixada por Jesus para nos guiar para todo o sempre. Não precisamos, nem devemos nos cobrir com nossos problemas, eles não devem fazer morada em nossos pensamentos nem pesar em nosso coração. Nós devemos nos distanciar deles para que possamos ouvir o altíssimo sobre como lidar com eles. Lembremos, no Éden, após a mordida da maçã, quando Adão e Eva se deram conta do que havia acontecido, se envergonharam imediatamente, instantaneamente seus ouvidos se abriram para perceber que a tomada daquela decisão a partir da emoção enganosa que a serpente lhes causou, era tão grande e volumosa que havia lhes tirado a paz, no entanto, apesar de tudo isso, o Senhor lhes chamou para perto e pelo nome e após lhes instruir sobre como seria, lhes deu vestes cobrindo sua vergonha conforme Gênesis 3:9 -21. Enquanto mães lidamos com preocupações adversas, que nossos sentimentos vão querer aumentar e dizer que são nossas que temos de resolvê-las inclusive sobre o argumento : “se você não fosse capaz de resolver Deus pai não lhe teria abençoado com a maternidade” devemos calar e anular essa voz do mundo que ecoa em nossa mente nos conduzindo aquele que efetivamente pode cuidar de tudo: o Espírito Santo de Deus e Jesus Cristo. Assim como a mãe Cananéia, que argumentou com Jesus até conseguir sua atenção para curar a filha endemoniada, conforme Mateus 15: 21-25, devemos buscar a paz de Deus para ouvir sua voz e isso se faz com oração! Precisamos fazer o que está ao nosso alcance para o que é possível e deixar o que é impossível para as mãos daquele que tem todo o poder. Buscamos em Jesus o caminho que nos faz encontrar cura, libertação e amor porque Ele é a Verdade, o Caminho e a Vida.

Que tal hoje agradecermos e iniciarmos nossa caminhada conjunta com o Espírito Santo?