#034 – Devocional: Busque o Espírito de Verdade
A Palavra de Vida e Verdade, Palavra de Salvação, escrita por homens levantados por Deus para inspirar, ensinar e aproximar, essa nos diz através da voz dos servos de Deus […]
#049 – Devocional: É mesmo cansaço? Christiane Gallego
Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica
Filipenses 1:27
Coerência não é exatamente das mais abundantes qualidades que há nas pessoas e sua ausência nem sempre é hipocrisia ou maldade, mas às vezes inaptidão na firmeza e manutenção de um único espírito.
É negligenciada principalmente pela estultícia, ou seja por imaturidade na capacidade de portar-se de maneira sólida e fundamentada dentro do conhecimento que justifique uma postura e conduta.
Somos seres dotados de habilidade para meditar sobre o que nos cerca e assim pesar os valores de cada aspecto, sempre analisando a faceta de verdade a qual temos acesso.
Sabemos que o tempo ressignifica histórias e isso pode nos levar a mudar de uma opinião que antes definia as nossas crenças e agora é atualizada.
No entanto, às vezes sabemos o caminho, o que tem que ser feito, mas por algum motivo não prosseguimos.
Precisamos olhar para nossa conduta de maneira honesta a fim de revelar-se a pontos de divergência entre o que gostariamos de ser e aquilo que efetivamente exprimimos por onde passamos.
É confortante pensar: “_ faço o meu melhor” ou “_ sou bondosa, não faço mal a ninguém”, mas refletir sobre as circunstâncias do dia a dia em contraste com o que pensamos em cada situação é um exercício que se feito com sinceridade e boa vontade pode nos levar a identificar o que em nós ainda precisa ser melhorado.
Exemplos comuns: se nos calamos frente a uma injustiça ou a uma fofoca estamos participando, mesmo que de maneira passiva; ou ainda se criticamos, mesmo que apenas em pensamento as atitudes ou escolhas de um irmão, ainda assim, mesmo sem externalizar, estamos nos colocando no patamar de juízes e esse lugar não é nosso. Esse tipo de exemplo mostra que de maneira velada ( aos nossos próprios olhos que querem se enganar) estamos mantendo uma conduta que não reflete a personalidade de Cristo.
Essa postura, embora pareça discreta, quase inofensiva é na verdade uma ponta de carne podre que optamos por manter encoberta, carregando conosco, torcendo para que não transpareça, mas infelizmente o seu odor é exalado de maneira autônoma à nossa vontade.
Paulo em 2 Timóteo 4:16 relata que ninguém levantou-se em sua defesa Quando ele precisou, sentiu-se abandonado. Veja quão grave é, mesmo que você não se levante a ser o acusador, se você está presente e não se apresenta diante da Verdade e Justiça, você está racionalmente negligenciando o bem a alguém e isso também é uma forma de fazer o mal.
João revela em Apocalipse 3:16 a voz do senhor a respeito da igreja de Laodicéia, que diante da bonança havia se tornado em diferente. O Senhor expressa seu repúdio a indiferença dos homens é uma postura inconcebível, inaceitável!
Todos desejamos ser a expressão de um jardim verdejante onde o Pai caminha com liberdade e alegria, onde Ele se orgulha de nossos feitos, onde cada detalhe dessa casa seja a expressão racional da devoção e louvor ao Senhor e reflexo da nossa conduta com nossos irmãos.
Mas a verdade é que há muito mais da terra seca e pedregosa em nosso jardim do que gostaríamos e essa parte merece atenção especial, merece nossa coragem e ousadia para apresentar ao Espírito Santo, nosso estimado jardineiro, para que Ele nos mostre o passo a passo para limpar esse terreno até então menosprezado, tirando as ervas daninhas, arando e movimentando o solo, removendo grandes pedras, cuidando da nutrição e irrigação para que nosso Pai venha depositar a sua terra fértil para cobrir esse solo é então que ele começa a ter vida.
Em Filipenses 1:27 Paulo diz que devemos viver de modo digno do evangelho de Cristo sendo uma só alma. Sua fala carrega a necessidade de compreensão de que, embora sejamos seres complexos, devemos buscar unidade entre nossa personalidade e nossa fé, afinal entre o que se fala e o que se produz deve haver uma ponte que faça a ligação, porque só assim podemos ser expressão de Cristo nesta vida.
Minimizar nossas falhas tornando-as normalizadas é agir com permissividade e não é isso que Cristo nos ensina. Sua Graça e favor são dádivas pelas quais somos alcançados, não são um aval para que continuemos caminhando a meia luz.
Hoje é dia de refletirmos sobre como nos apresentamos, ou seja: se há coerência em nós, desejando humildemente que nosso Senhor esquadrinhe nosso coração e nos mostre o caminho de mudança e evolução.
Que haja mais de Jesus e menos de nós em nós.
Que tal agradecermos juntos por este dia?
Christiane Gallego janeiro 18, 2024
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