#016 – Devocional: Humilde como uma criança
E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: “Com toda a certeza vos afirmo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo […]
#049 – Devocional: É mesmo cansaço? Christiane Gallego
Como é, então, que estou vendo quatro homens andando soltos na fornalha?
perguntou o rei.
Eles estão passeando lá dentro, sem sofrerem nada. E o quarto homem parece um anjo.
Daniel 3:25
Caminhamos de diferentes formas de acordo com o tempo que temos e o intuito. É normal que ao cumprir obrigações do nosso dia a dia, a marcha que empregamos seja mais dura e acelerada, bem diferente de uma caminhada, despretensiosa e que permite observar a vista num parque ou a beira mar, por exemplo, onde certamente manteríamos uma caminhada de passadas leves e lentas de maneira a nos permitir observar tudo com atenção e calma.
Em Daniel 3:25 o Rei Nabucodonosor fica espantado ao observar que na fornalha onde ele tinha ordenado que os jovens hebreus fossem lançados havia um quarto homem e que estavam passeando lá dentro.
Para que possamos versar a respeito de seu espanto, é necessário primeiro, fazer um adendo explicativo, nessa época as fornalhas de fundição eram enormes, e certamente 4 pessoas poderiam – sem as chamas ardentes – andar dentro.
Mas o que nos impressiona hoje é a Paz contida nessa visão, dentre tantos elementos a serem explorados, essa Paz, que de fato excede o entendimento é hoje objeto de nossa meditação.
Qualquer pessoa que tenha ficado exposto a uma roda envolta de uma fogueira, numa noite enluarada e acompanhado de boas histórias e muita risada, sabe que a caloria emanada do fogo é bastante perceptível e se o tamanho da fogueira for muito grande, tornar-se até desconfortável ficar muito perto. Inclusive a própria fumaça pode queimar.
Portanto, de certo que ser lançado na fornalha com ela ligada, ardendo, em qualquer situação que sem a proteção do Anjo de Deus seria impossível a sobrevivência.
Mas quando o Rei observa, além dos jovens estarem vivos, e sem quaisquer danos sofridos pelo fogo consumidor daquela fornalha, ainda se apresentavam em conjunto com mais uma pessoa e passeavam dentro deste espaço, ou seja, ficavam ali em paz, de maneira contemplativa! Estavam bem e prazerosos!
Acho incrível este aspecto desta passagem.
Vislumbra-se pelos teólogos quem seria essa quarta pessoa, uns defendem se tratar de um anjo, outros defendem se tratar de uma manifestação Jesus Cristo, e nesta linha a defesa conclui que se for, essa aparição cumpre a promessa contida em Isaías 43:2 “Quando você atravessar águas profundas, eu estarei ao seu lado, e você não se afogará. Quando passar pelo meio do fogo,as chamas não o queimarão.”
A mim, faz sentido que tenha sido o próprio Cristo caminhando com eles, afinal nosso Senhor nos diz que a Paz que provém dEle é diferente da paz que o mundo pode prover ( conf. João 14: 27) e que Ele é a fonte da vida ( conf. João 4:13-14), portanto o único capaz de cumprir a profecia de Isaías e ainda acrescentar esses detalhes de riqueza, amor, proteção e cuidado com os jovens, que servem para nos mostrar a sua face, a sua assinatura nesse momento, salvando-os e marcando a sua presença como o Deus Altíssimo como o próprio rei reconhece, embora não tivesse possibilidade de compreender que tratava-se de Jesus.
Estar na presença de Jesus é sempre uma oportunidade contemplativa, sua presença nos transforma de maneira a fazer com que o resto ao nosso redor tenha um valor diferente, é realmente difícil ter uma experiência de contato com Jesus e querer sair dela, portanto é compreensível que os jovens, os quais não estavam sofrendo na fornalha porque Jesus estava com eles, se apresentassem ali de maneira tão graciosa, sem a preocupação de sair logo daquela situação, inclusive porque eles eram pessoas muito estudadas e de muito conhecimento sobre sua fé, conhecimento religioso, tanto que desde antes, quando o rei os ameaçou, se apresentaram de maneira muito segura e pacífica, porque tinham a compreensão e a certeza de que qualquer que fosse seu destino, seria cumprida a vontade do Senhor. Eles não eram jovens normais, eram conforme Daniel 1:17 dotados de uma inteligência e sabedoria que era total, ou seja, muito superior a outros isso os capacitava na tranquilidade e aceitação frente ao que haviam se disposto quando se negaram a curvar-se perante o rei.
Hoje, nossa meditação é para darmos às nossas provas e preocupações o mesmo destino que os jovens da fornalha deram: as mãos de Jesus! Eles entregaram suas vidas ao fogo consumidor e com isso obtiveram em resposta um passeio prazeroso com Cristo. Tudo ao nosso redor pode estar consumindo a nossa mente, o nosso sono, a nossa saúde, o nosso tempo como o fogo da fornalha, e pode ser que estejamos diante de uma situação que se apresente sete vezes mais ardente que o normal, como foi a ordem de Nabucodonosor, mas ainda assim, se pararmos e olharmos para o nosso Deus, nem precisamos clamar por ele, seremos capazes de ver que a todo momento Ele já está ao nosso lado, nos convidando a passear com Ele. Glória a Deus! Que convite maravilhoso!
O mesmo Deus que acalma as bravas ondas do mar, o mesmo Deus que silencia a fúria dos ventos, é o Deus que transforma o ardor das chamas numa caminhada pacífica e tranquila, porque Ele coloca tudo em seu devido lugar e nos mostra que está aqui! Aleluia!
Que tal hoje, olharmos para nosso Senhor e passearmos com Ele?
Christiane Gallego outubro 30, 2023
E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: “Com toda a certeza vos afirmo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo […]
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