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Devocionais

#049 – Devocional: É mesmo cansaço?

Christiane Gallego novembro 2, 2024


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Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio.

Provérbios 6:6

Há uma diferença entre ócio, preguiça e procrastinação. 

O primeiro representa um momento de relaxamento, lazer e descanso. É o momento posterior de alguma atividade ou trabalho, vem como um reparo após o cansaço, é saudável e necessário para o corpo e a mente.

 Já a preguiça é a recusa de ação frente a uma atividade, geralmente é racional, a pessoa opta por não fazer, neste momento, determinada atividade. Essa ação não tem a ver com os momentos de ócio e é prejudicial para a vida daquele que age assim, gera consequências negativas em diversas áreas.

O último, é uma atitude que tem relação com o emocional de uma pessoa, que é por fatores como ansiedade e baixa autoestima, inapta para reconhecer a prioridade entre seus afazeres adiando determinadas tarefas para realizar outras, que são menos relevantes embora também necessárias. Portanto na procrastinação o indivíduo não fica sem fazer nada, mas atropela múltiplas tarefas sem a correta identificação sobre suas prioridades e as consequências são atrasos; entregas e termos tardios, que podem comprometer o resultado proposto e esperado.

A preguiça é amplamente exortada na Palavra de Vida e Salvação, porque essa ausência de iniciativa em realizar o quê deve ser feito gera uma reincidência nessas escolhas, que vão tornando insignificante o apreço pelo que se tem através do engano de que tudo é irrelevante.

A Palavra traz como o oposto a preguiça a diligência, termo que vem do verbo “diligere” do latim e significa amar, ou seja a raiz da preguiça está na falta de motivação; de paixão; de zelo e dedicação; portanto é uma conduta de desleixo e desprezo caracterizada pela insensatez que acarreta em oportunidades perdidas, como em Provérbios 12:27; sonhos que não se consumam, como em Provérbios 13:4; e a atitude que gera desconforto nos demais e pode até ser causa para conflitos, como em Provérbios 10:26.

Em Isaías 56:10, o profeta traz a preguiça com uma letargia, como um estado de consciência anestesiado, alienado tão grave em sua inutilidade que gera livre acesso para o inimigo, ou seja, são torres de vigia cegas e a ação do inimigo está em subverter e tornar tudo ainda mais sem cor e sem razão.

Uma saída para a procrastinação está em listar o que tem de ser feito para facilitar a identificação das prioridades e assim seguir a ordem com o estabelecimento de prazos para a realização, afinal quem procrastina sabe o que precisa fazer e conseguir realizar fará com que se sinta ainda melhor. Essa mudança de perspectiva emocional é a chave para minimizar a ansiedade e consequentemente aumentar o foco.

Já o preguiçoso acha que tudo é muito dificultoso e diante dessa hipérbole gramatical compreendemos o quanto essa percepção configura a sua ação, afinal o interesse perde-se antes mesmo de iniciar algo, por isso a ausência de iniciativa, mas como em Provérbios 6:6 nos mostra, esse hábito pode ser mudado.

 A análise através de exemplos coerentes de determinação; animação, que demonstram satisfação na realização do que tem de ser feito transforma o modo de perceber o que nos cerca.

O sociólogo italiano Domênico de Masi, em seu livro “Ócio criativo” apresenta uma afirmativa que concorda com Provérbios 6:6, fruto de nossa meditação, ele critica a robotização da humanidade proveniente da sociedade industrial concluindo que encontrar a satisfação no que se faz está em manter o equilíbrio associativo entre trabalho, diversão e aprendizado, ou seja todas essas funções têm que apresentar sentido entre elas para que sejam produtoras de prazer e isso aflora o desejo de conduzir com excelência tudo que se faça, desse modo, concluímos que extermina a preguiça.

Como sempre, o Amor em todas as suas expressões é definitivamente Salvador e nos liberta dos grilhões da letargia. 

Que tal agradecermos juntos por esse dia e sermos ativos e vivos?

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