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Devocionais

#022 – Devocional: Não fui eu

Christiane Gallego novembro 21, 2023 124


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Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais ; nem o presente, nem o futuro; 39 nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor.

Romanos 8:38

Não fui eu que mereceu o amor de Deus.

Não fui eu que fiz qualquer obra que me tornasse digno.

Não fui eu que escolhi qualquer opção que justificasse a opção do Pai.

Pois é, essas são verdades tão ricas, tão maravilhosas, e tão duras de serem compreendidas porque em nossa maneira extremamente egoísta de lidar com o amor acabamos por padronizar as nossas entregas de acordo com o quê recebemos em troca, sendo assim, quando amamos aquele que nos ama, não estamos amando de verdade, mas agindo com reciprocidade por interesse, por desejar ( primeiramente e de maneira velada, até sem conhecimento disso) continuar sendo amado e porque expressar amor num ambiente em que se tem certeza de retorno é extremamente prazeroso e confortável.

Mas e amar aos inimigos? Aí você pode pensar: – “ah, mas eu amo sim” e esse pensamento enganoso dura apenas até ponderarmos a respeito de perdão… Amar um inimigo que não nos afeta pessoalmente, ou seja, ter isso apenas como um ideal não é amar de verdade, afinal se o fosse não haveria tanta discórdia, tantos laços rompidos, relacionamentos desfeitos, frustração e indiferença no mundo.

É simples, embora triste, perceber que não somos muito bons nessa matéria de amor.

Mas, a nossa reflexão de hoje está na direção oposta às nossas atitudes, refletir sobre como lidamos com o amor fica pra outro momento. Hoje, queremos refletir em algo muito mais revigorante que é a fala de Paulo em sua carta a Romanos que diz que não há condição que possamos cancelar o amor de Deus por nós.

Esses versículos 38 e 39 concluem o raciocínio de Paulo explicando para os cristãos em Roma,  que eram novos convertidos formados por judeus e gentios, que somos todos iguais perante Deus Pai e que nenhuma lei anterior poderia tornar qualquer pessoa elegível ao amor de Deus, mas tão somente recebemos essa graça pelo Dom que vem dele mesmo, Deus Pai.

O objetivo de Paulo é nos lembrar, ainda hoje, de forma tão atemporal que o próprio amor de Deus tem essa característica, a de ser perene, imutável, porque Ele é fiel aos seus desígnios.

Seu amor é uma energia transcendental porque ultrapassa a abrangência de qualquer conhecimento a respeito de existência como a vida ou a morte, ou nossa localização como na altura ou na profundidade, ou de tempo como nossos afazeres e distrações do agora, ou as consequências do que virá, ou ainda poderes, principados, anjos; nada pode se apresentar como limitante para o amor de Deus por nós porque essa expressão não é um sentimento, enganoso como o que acontece conosco, mas é uma energia que é emanada de Deus para toda a sua criação, que vibra numa frequência que ultrapassa qualquer barreira existindo e ligando planos material e espiritual.

Podemos dizer ainda que o Amor de Deus é etéreo porque não se limita a uma apresentação ou condição, mas existe de maneira eterna pela vontade e poder de Deus.

 É um dom seu, que nos atinge por sua graça, portanto não tem qualquer ligação com as nossas atitudes ou crenças.

No entanto, seu amor é justo, e por esse motivo não estamos alheios às consequências de uma semeadura ruim, aliás é por amar de maneira tão completa que continuamos expostos às consequências de nossas escolhas, afinal cancelar esses efeitos seria criar um cenário de indiferença que certamente nos levaria à soberba e a ingratidão o que vai na contramão do propósito de Deus para nós.

Há uma música gospel, da cantora Nívea Soares, chamada “Teu amor não falha”, e a primeira estrofe diz: “- Nada vai me separar, mesmo se eu me abalar, teu amor não falha” esse verso nos leva a um entendimento bastante simples do que Paulo quer nos explicar, ou seja: mesmo diante de nossas falhas, mesmo se nossas decisões nos abalem a ponto de percebermos que não somos merecedores do amor de Deus, de sua Graça e favor, a sua presença, a sua fidelidade nos alcançam como os braços de um pai que estão sempre abertos a espera do retorno do filho pródigo! Aleluia!

Viver na obediência e no temor é o caminho fácil para que possamos absorver toda a Graça de Deus, para que possamos ter nessa experiência limitada e pequena de terra o melhor do aprendizado sobre o que pode ser vida para efetivamente nos preparar para o retorno ao lar e a vida verdadeira que se iniciará ao lado do Pai, e de Jesus na eternidade.

Mas se formos desobedientes, negligentes e soberbos, isso não significa que Ele não nos ame, afinal foi para essa condição que Jesus veio a nós e após ter lavado nossos pecados e nos proporcionado vida nova nos deixou ainda seu Espírito Santo para nos auxiliar a terminar essa jornada! Glória a Deus!

Não foi para os santos que Jesus veio, mas para os doentes, e saiba: não há grau, todos éramos e ainda somos. A única diferença que há entre nós ( embora isso não mude a expressão do amor de Deus) é na escolha de segui-lo buscando a evolução diária no amor, para que possamos nos aproximar dessa energia.

Precisamos compreender que a nossa desobediência ou a incredulidade, ou a dureza de nossos corações nos gera consequências já aqui, que é a dificuldade em perceber  e receber esse Amor como seu, ou seja de se identificar como alvo desse amor e isso só gera alguma consequência na salvação, afinal a salvação é proveniente da justificação pela Graça Redentora que há  em Jesus Cristo e embora esteja disponível para todos de maneira indistinta, requer a nossa aceitação por meio da fé, se isso não houver não há caminho, porque a justificação de maneira nenhuma pode ser alcançado por nós, mas é dada de graça aos que têm fé em Jesus Cristo, porque só através dessa fé que nós, antes escravos do pecado conseguimos a libertação e com isso a salvação.

Não há outro meio de alcançar a salvação.

No entanto, o amor de Deus é latente àqueles que crêem e aos que não crêem como meio que nos proporciona viver suas bênçãos de maneira a encontrarmos os olhos de Jesus e nos redimirmos de nossa existência falha.

Que tal hoje orarmos em gratidão pelo Amor incondicional de Deus?

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