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Devocionais

#027 – Devocional: A chuva

Christiane Gallego novembro 28, 2023 182


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E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor, vosso Deus, porque ele vos dará ensinador de justiça e fará descer a chuva, a temporã e a serôdia, no primeiro mês.

Joel 2:23

Muito temos a aprender com a natureza porque ela é uma vitrine do agir maravilhoso de Deus, de suas leis e funcionamento de tudo, nem sempre temos a possibilidade, o tempo, a serenidade e às vezes até o interesse em observar a criação, mas a verdade é que se não fossemos tão distraídos e imaturos, a própria vida junto a criação nos ensinaria o que nosso Papai do Céu, com amor misericordioso e didático nos deixou por escrito instruindo seus profetas no registro, na Bíblia, por isso tanto amor nessa Palavra, por esse motivo vemos que é muito mais do que um livro, ou uma história, mas é rica, é viva, é a própria voz do Senhor que dá espaço ao Espírito Santo se revelar para nós a cada vez que nos separamos para lê-la e estudá- lá.

Desde a formação de tudo o que é vivo, ou seja, das primeiras moléculas e formações celulares, tudo foi desenvolvido com maestria e foi sendo revelado ao homem, em Espírito de Sabedoria, a compreensão dessa gênese da vida. Aleluia o Senhor é bom o tempo todo!

Portanto, se pudéssemos observar com um pouquinho mais de atenção, conseguiríamos absorver ensinamento sobre o tempo, sobre causa e consequência, sobre o amor, sobre a vida em comunidade, sobre semeadura e tantos outros aspectos que tangem a vida e que nos levariam a viver melhor.

A vida é justa, sem a mão do homem ocorre no sim e através do não, e é irremediável, porém dentro da natureza há ainda belíssimos exemplos de ajuda mútua.

Hoje, nossa devocional chama a atenção para a dependência de Deus.

A leitura do livro de Joel tem falado muito ao meu coração, e esse versículo sobre o tempo das chuvas é riquíssimo de ensino.

Chuva serôdia e temporã são expressões que se referem às condições climáticas na agricultura em geral, no contexto do livro de Joel, o Senhor refere ao seu profeta as chuvas que ocorrem na Palestina, onde serôdia é a que ocorre na Primavera de lá e temporã a que ocorre no outono, para eles as do outono são consideradas precoces e as da primavera são as últimas chuvas antes da seca do verão.

Esse conhecimento e o real acontecimento das tem haver com o sucesso da lavoura, que por sua vez determina o sustento de várias famílias.

Veja o agricultor ara, aduba, trabalha na terra para que seja um solo apto a receber as sementes, depois escolhe as sementes, as melhores, sem defeitos, dispõe a semeadura no solo de maneira que uma planta possa trocar nutrientes com a outra, aproveitando melhor o solo, que uma possa fornecer a proteção biológica que a outra precisa contra pragas e insetos e é só. A partir do momento que a semente está no solo, resta tão somente esperar o agir de Deus e as bênçãos provenientes. 

Em que pese que hoje possamos ter medidas de irrigação, temos o auxílio de pesticidas, ainda assim vemos todos os dias nos jornais que a alta ou a queda dos preços dos alimentos se deve às chuvas! Ou foram em excesso ou escassas e em qualquer dessas medidas fogem ao controle, ao domínio do agricultor.

Diz em Salmos 147:8 “Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os montes” é o reconhecimento de um poder que vai muito além das nossas possibilidades de atuação, e que deseja despertar em nós a dependência! Afinal se Ele é o Dono, o Criador, o Senhor sobre tudo o que há, tudo se faz através do seu querer, e podemos, dentro da obediência e do temor ganhar seu favor porque nosso Pai é bondoso, longânimo e se agrada em cuidar de nós, conforme Salmos 147:11″ O Senhor agrada-se dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia”.

Aplicando esse ensino para a vida, vemos que a situação do agricultor é uma parábola ensinada por Jesus Cristo, a Parábola do Semeador, contida em Mateus 13: 1-9, neste ensino, nosso mestre nos diz que diante da semeadura de um trabalhador, embora sua ação de semear tenha sido a mesma, ele obteve resultados diferentes de acordo com a localização onde essas sementes caíram, ou seja uma delas foi bem sucedida que foi a que caiu em terra fértil, as demais ou foram levadas pelo vento, ou sufocadas nos espinhos ou não tiveram forças para vingar diante do solo pobre. Assim como, na Parábola do Joio e do Trigo, em Mateus 13: 24-30, a semeadura foi feita da melhor maneira, mas durante a noite o inimigo veio e semeou joio juntamente com o trigo para atrapalhar a colheita. 

Nessas duas parábolas vemos Jesus nos ensinar muita coisa, mas uma delas é coerente com o que o Senhor nos expõe com relação às chuvas que são provenientes de suas mãos: há muito mais agindo em nosso entorno, em nossa vida, do que tão somente aquilo que semeamos! É uma verdade que ninguém colhe bananas se semeou laranjas, mas desde a semeadura até a colheita, mesmo sendo possível que nós intervenhamos com cuidados com irrigação e proteção, ainda assim é um momento que requer a nossa total dependência do Senhor, porque o que ocorre ao nosso redor, de maneira sobrenatural, é muito mais denso do que conhecemos hoje e faz parte dos mistérios de Deus porque é como João diz em Apocalipse 1:8 o nosso Senhor é o início e o fim, todo o conhecimento é proveniente dEle, e tão somente dEle.

Um agricultor está tão exposto à escassez ou ao excesso de chuvas quanto nós estamos expostos à interferências tanto de pessoas ao nosso redor, como de decisões que são tomadas nas empresas que trabalhamos, como a doenças que chegam sem avisar ou ainda a vidas que vem para abençoar nos ventres maternos, entre tantas outras, são situações que fogem ao nosso controle, mas que estamos expostos todos os dias e uma única coisa podemos ter certeza: precisamos estar cientes de sermos dependentes do Senhor, é uma postura racional, uma escolha na conduta de fé e temor e somente assim é que poderemos passar por tudo isso porque só então seremos capazes de viver o clima que for enxergando as bênçãos do Senhor que não falham porque Jesus nos disse para não andarmos ansiosos por coisa nenhuma, afinal quem cuida de tudo é somente O Pai e devemos entregar a Ele cada pensamento nosso e assim teremos sua Paz, conforme Mateus 6: 25-34 e Filipenses 4:6-7.

Viver na dependência é confiar que aquilo do qual dependemos é capaz de entregar o que precisamos. Viver na dependência de Deus é louvá-lo demonstrando gratidão reconhecendo tudo de bom que Ele já fez por nós e esperando por tudo que só Ele pode fazer.

Que tal hoje agradecermos por esse dia?

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